30 junho 2008

a idade das descobertas

E ao longo deste fim-de-semana de ócio descobri um punhado de coisas interessantes.
- que os novos desodorizantes em spray todos XPTO para mulheres têm uma tranca de segurança para os putos curiosos;
- que infelizmente essa tranca é muito mais fácil de abrir do que o próprio spray, razão que comprova a sua total inutilidade;
- que está calor a mais para estar na praia ou noutro sítio qualquer;
- que o meu físico se tem vindo a assemelhar ao de um projecto de cachalote e que, lamentavelmente, não fui feita para seguir dietas ou qualquer tipo de abstinência;
- que ainda me sabe bem beber minis na praia até de madrugada;
- que dormir a sesta é uma das melhores coisas do mundo;
- e, por fim, que o recovo e a costa da Armona Beach continuam a ser "heaven on earth".

24 junho 2008

dia de m***a

A alombar, como já vem sendo hábito, 14 horinhas.
A contar com um feriado que, afinal, não vou ter.
A planear levar a cadela para acampar na Ilha do Farol e a desplanear em cima da hora.
A sonhar com três dias consecutivos de folga e a acordar para a realidade.
A ver baratas vermelhas, voadoras, gigantescas a passar entre os meus pés e a surgir sabe-se lá de onde.
A observar os toinos dos meus colegas (com quase dois metros de altura e 100 quilos de peso) a deixar viver os inúteis animaizinhos (porque não querem sujar a sola dos sapatos) e a tirar fotografias à minha estúpida posição (sim, deixei-me ficar o resto do dia a escrever sentada em cima da secretária e a transpirar que nem um cavalo).
E a ir para casa com vontade de espancar pessoas e boicotar todo o tipo de patronato.
**da-se que hoje custou!

20 junho 2008

é que é já a seguir (amanhã ou depois ou assim...)

Tendo em conta que Portugal já foi baldeado do Campeonato Europeu de Futebol, levando consigo o ânimo e a paz que tem pairado sobre os habitantes deste país à beira-mar plantado, acredito que dentro de pouco tempo as greves e tumultos devem regressar aos dias comuns.
E, como tal, tendo em conta o meu desagrado e descontentamento face a certas situações, atribuo a mim mesma o direito de reivindicar.
E garanto levar comigo pelo menos quatro ou cinco membros da minha família, também eles excluídos sociais, integrados numa estranha minoria com tendência a crescer e poucos direitos.
E a razão da minha futura greve, paralisação ou manifestação (consoante a disposição que me assolar nesse dia) é, nada mais nada menos, que a falta de produtos alimentares sem açucar.
Vou a um restaurante e os poucos produtos em que o açúcar é substituído pelo adoçante não existem para consumo.
- Coca Cola Light?
- Não temos.
- Sumol Z?
- Não temos.
- Pão Integral?
- Não temos.
- Gelado sem açúcar?
- Não temos.
- Mas têm alguma coisa sem açúcar?
- Sim. Água.

Vou ao supermercado e escassa escolha de bolachas sem açúcar (que se resumem a pedaços de massa com sabor a nada) custam mais do dobro do preço dos produtos comuns. Para não falar na clara ausência de sabor e estética de tais produtos.
E, por fim, quer em restaurantes ou supermercados, ao constatar a minha cara de desilusão, os infelizes empregados olham para mim e dizem (como se isso me fosse alegrar):
- Mas pode levar/comer/beber/comprar com açúcar porque a menina não precisa de fazer dieta.
- MAS, PORRA, QUAL É A PARTE QUE NÃO PERCEBEU? Eu NÃO estou a fazer dieta. Sou apenas diabética!
- Ah, que pena! (respondem aqueles que já ouviram falar)
E lá me venho eu embora de mãos a abanar.
E, pronto, um dia qualquer que acorde com a neura, agarro na família (sob a ameaça de “se não vierem comigo não comem gelados) e lá vamos todos para a rua manifestar-nos pela igualdade de direitos e oportunidades.

19 junho 2008

e hoje deu-me para isto...

"Aggressively we all defend the role we play
Regrettably time’s come to send you on your way
We’ve seen it all bonfires of trust flash floods of pain
It doesn’t really matter don’t you worry it’ll all work out
No it doesn’t even matter don’t you worry what it’s all about
We hope you enjoyed your stay
It’s good to have you with us, even if it’s just for the day
We hope you enjoyed your stay
Outside the sun is shining, seems like heaven ain’t far away
It’s good to have you with us
Even if it’s just for the day
It’s good to have you with us even if it’s just for the day
Outside the sun is shining, seems like heaven ain’t far away
It’s good to have you with us
Even if it’s just for the dayI
t’s good to have you with us even if it’s just for the day
Outside the sun is shining, seems like heaven ain’t far away"
"Exitlude", in Sam's Town, from The Killers

18 junho 2008

Mãããããeeeee, tira-me deste filme!

Ontem, na inauguração da Biblioteca Municipal de Olhão, disseram que achavam que eu tinha... 16 ANOS (é normal? ok, se calhar é! estava de calções, blusa cor-de-rosa, chinelos e unhas pintadas de roxo).
Mas, em contrapartida, também disseram que eu era a fotógrafa mais bonita no local (essa já não pega! todos os outros eram do sexo masculino).
No dia anterior vi jeitos de apanhar porrada de um cigano só por lhe ter dito para tirar o banquinho do local onde eu queria estacionar o carro.
E no dia antes desse era para ter dado um salto à praia mas, quando consegui juntar todas as porcarias necessárias para tal e fechar a porta de casa, apercebi-me que me tinha esquecido das chaves do carro lá dentro e das chaves de casa junto às do carro. E fiquei estupidamente sentada à porta à espera que algo acontecesse.
E há uns dias atrás...
Ok, pronto, vou já calar-me!

13 junho 2008

a xaga continua esta noite

O encenador charlatão, o russo clandestino, o alemão que estudou nos melhores teatros de Berlim, o pescador olhanense, a psicótica filha da produtora e a jornalista falhada com aspirações artísticas voltam a cena esta noite na Junta de Freguesia de Pechão.
Apesar das greves, manifestações e motins de revolta, A GORDA volta a atacar.
BÁLARINAS E PÉZINHES D'XUMBE II - a xaga continua!
21h50.
Estrada livre.

11 junho 2008

Ainda bem que EU NÃO FUI

... ao Rock in Rio.
Porque fui na segunda-feira passada ao Rock na Ribeira, naquela grande terra que é Pechão, e foi muito melhor do que qualquer festival de betos e elites.
Os farenses Death on the Door inauguraram o palco mas eu perdi o concerto porque me descuidei a enfardar jaquinzinhos com arroz de tomate.
Seguiram-se os olhanense Punk c' Mantega, vencedores da primeira edição do concurso de bandas Abril Bandas Mil. Um punk pouco limado mas prova que de "no Rock na Ribeira se ouve punk à maneira".
A grande surpresa foram mesmo os La Plante Mutante, também eles algarvios, que arrantaram gerações e reavivaram memórias com míticas interpretações dos anos 80. Os meus parabéns a esses grandes cromos!
Os Linda Martini apresentaram a imagem de marca do festival. Rock. Puro e duro. Com guitarras desgrenhadas e sonoridades electrizantes. Inesquecível.
O ambiente primou pela heterogeneidade mas, ao mesmo tempo, pela simbiose perfeita com que todos factores se conjugaram.
Qual Rock in Rio, qual quê. Venham a Pechão e aprendam!

06 junho 2008

hummm, fim-de-semana

E consegui alombar a semana toda para ter direito a um fim-de-semana inteirinho sem serviço de reportagem.
E vou passar dois dias sem a máquina, o gravador, o bloco de notas, as esferográficas e os milhares de papelinhos e contactos que sempre me acompanham (será que vou sobreviver?);
E não vou andar a correr atrás de ninguém a pedir (quase por favor) umas estúpidas palavrinhas;
E não vou querer saber dos pescadores e do gasóleo e do Rio Guadiana e das inaugurações e do caneco e diabo e afins;
E vou passear à capital à procura de umas coisinhas novas para casa;
E vou tentar ir ver a família a terras alentejanas;
E não, não vou passar pelo Rock in Rio porque já perdi a Amy Winehouse e os Machine Head e, por isso, a coisa já perdeu o interesse;
E porque na próxima segunda tenho de gramar com o Rock na Ribeira, nessa grande metrópole chamada Pechão;
E vou ver o jogo pela televisão (se não tiver nada mais interessante para fazer);
E vou andar em boa companhia;
E vou comer muitos gelados e imperiais e termoços;
E vou chamar nomes se me baterem no carro;
E vou arranjar coisas estúpidas para fazer porque sei que me vai apetecer;
E vou esturrar o dinheiro que me apetecer porque hoje desembolsei quase 50 euros por um pneu que furei a trabalhar no dia de anos (eu sabia que não deveria trabalhar aos domingos, muito menos de manhã, muito menos a caminho da serra e muito menos no dia de anos. caraças, pá!)
E pronto. É tudo.

04 junho 2008

acasos infelizes

Pois!
Fui a primeira a chegar à paralisação (um acaso ocasionado pelas horas tardias a que saí do trabalho);
Assisti em directo ao incidente e àquilo que o despoletou;
Falei com os intervenientes antes de qualquer outro órgão de comunicação;
Tirei fotografias de boa qualidade;
E só por não ter captado imagens do homem estendido no chão (por uma questão de respeito e por não me apetecer ser sovada por mais de 200 pescadores), a minha peça não foi manchete.
Pois! Esta história do jornalismo tem muito que se lhe conte!

dois beijos muito especiais

E hoje (só hoje, que fique isto claro!) valeu a pena ter ficado a alombar textos no trabalho até quase às três da matina. E hoje valeu a pena por dois bons motivos.
(E lá vou eu começar com as desculpas e os agradecimentos - também eles de algibeira, mas que têm para mim a mais alta e magnânime importância)
Descobri que a Susana visita este meu espaço de divagação (mesmo que isso tenha acontecido uma única vez) e isso fez-me desabrochar dos lábios um sorriso sincero, que não tinha desde que entrei hoje na redacção.
E isso fez-me sorrir e fez-me querer conhecê-la melhor. E fez-me querer pedir-lhe desculpa por tudo e por qualquer coisa. E fez-me desejar-lhe as melhores felicidades do mundo. E dizer-lhe que os dias maus passam. E que, se por ventura, fui responsável por algum deles me senti a pior pessoa do mundo e o mais egoísta dos seres vivos. E que, por tudo isso e muito mais, lhe desejo tudo e muito mais. Porque as melhores pessoas se fazem sentir à distância.
O segundo motivo foi o reaparecimento do Raindogs, que sei que anda mal de amores e mal de humores (sim, porque às vezes também dou uma espreitadela) e que, por isso, não tem dado notícias.
Aos dois o meu obrigado. E também aos dois, as minhas desculpas. Por razões diferentes, é certo, mas desculpas na mesma.
E, pronto!, hoje vou para casa com outro ânimo. Hoje o fecho de edição foi um tanto menos doloroso.
E já agora, quem ler esta mensagem faça o favor de ler os comentários para aceder aos blogues, também eles de divagação (mas muito mais interessantes que este) destas duas personagens.

02 junho 2008

Síndrome dos 25

Nunca ouvi falar de tal. Mas começo a acreditar que também existe o síndrome dos 25 anos. Passadas 24 horas sobre a consagração (e sobrevivência) do meu primeiro quarto de século de existência, começo a sentir no corpo o cansaço de tamanha responsabilidade.
Pior ainda, quando tal data se comemora no Dia Mundial da Criança e eu não consigo ser bem sucedida nas inúmeros tentativas (pouco esforçadas, confesso!) de adaptar a imagem à idade cronológica.
Talvez os novos passos tragam consigo novas marés, novos ventos, novas tempestades, novas mudanças. Ou talvez não.
Mas, por agora, lá me vou aguentando com 25 anos no lombo e a ideia de que no próximo aniversário não vou trabalhar que nem uma louca, furar um pneu do carro, esquecer-me da carteira e das chaves e não ter jantar de amigos.
Ok, há mesmo o síndrome dos 25. Já começo a fazer exigências difíceis de realizar. Pelo menos, todas ao mesmo tempo.